13
ago
2014
O artista e a evolução do mal de Alzheimer
Em 1995, com 61 anos de idade, o pintor britânico William Utermohlen foi diagnosticado com a doença de Alzheimer. Incentivado por sua enfermeira, que adorava o seu trabalho, Utermohlen nunca desistiu de sua paixão ao longo da vida. Ele pintou todos os dias até sua memória falhar completamente. Em seus auto-retratos, o artista ilustra tristemente a progressão implacável da doença, que ele explorou através da auto-reflexão visual com tintas e pincéis durante os últimos 5 anos de sua vida artisticamente ativa.
De uma olhada nos auto-retratos do pintor, em ordem cronológica: 1967
Reparem que o artista consegue expressas as proporções humanas com perfeição: 1996
Um ano após o diagnóstico, percebemos que apesar do realismo ter sido abandonado, todas as características humanas estão presentes: 1997
A imensa diferença e o gritante avanço de uma doença em apenas 1 ano: 1998
Apesar de continuar bonito e de ser facilmente vendável, percebemos que algumas coisas nitidamente já se perderam: 1999
Toda e qualquer característica humana se foi: 2000
É possível dizer que o artista, nesse ponto, já perdeu mais de 95% de sua “capacidade” original.
“Mesmo quando ele estava começando a ficar doente, ele sempre desenhava, a cada minuto do dia”, disse a esposa do artista, Patricia Utermohlen. “Eu digo que ele morreu em 2000, porque foi quando não podia pintar mais nada. Na verdade, ele morreu em 2007, mas já era outra pessoa”.
Muito triste. De fato, o mal de Alzheimer é uma doença degenerativa implacável. Ainda não se sabe ao certo como ou por que ela se desenvolve e também não há cura para a doença. Mas o que permanece do pintor, sem dúvida, não é só a tristeza do fim de sua vida. Sua obra é muito bonita e vale a pena ser conhecida por todos.
E você, conhece alguém com o mal de Alzheimer? Já conviveu com a doença? Comente abaixo.
Geraligado – Todo mundo ligado .
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