As 7 histórias mais bizarras envolvendo radioatividade
Você já deve ter ouvido falar no poder da energia nuclear. A radiação é usada com controle especial em muitos procedimentos médicos e, em virtude do potencial que tem, muitos médicos e cientistas se submeteram a loucuras para estudar os efeitos da radiação.
Diferentemente das histórias em quadrinhos, em que muitos personagens têm seus poderes em virtude da exposição à radiação, esses cientistas levaram a pior ou colocaram outras pessoas em circunstâncias terríveis para conhecer os efeitos da radioatividade.
Conheça agora 7 histórias impressionantes envolvendo radioatividade.
1- Homem radioativo
Em maio de 2012, Mike Apatou estava a caminho de um compromisso quando foi parado pela polícia. Não se tratava de uma blitz comum. O carro de Mike sinalizou o sensor radioativo, mas não havia nada radioativo nele, além do próprio condutor. Mike vinha injetando materiais radioativos em si e acompanhando a reação em seu próprio fluxo sanguíneo, em uma espécie de teste de esforço nuclear. Por mais que a quantidade de radiação em Mike fosse baixa, foi o suficiente para estourar o detector de radiação do carro da polícia.
2- Tratamento de adenoide
Com a justificativa de que se tratava de um procedimento para encolher adenóides, o governo federal americano realizou testes sobre os efeitos da radiação entre 1948 e 1954. Centenas de alunos de uma escola em Baltimore foram submetidos ao que foi chamado de “Teste de irradiação rádio nasal”. Os pesquisadores usavam hastes de metal com cápsulas seladas de 50 miligramas de material radioativo nas narinas das crianças. O que eles queriam de verdade era testar os efeitos da radiação sobre a perda de audição a longo prazo. As crianças desenvolveram vários tipos de câncer na cabeça e pescoço.
3- Esterilidade
Em experimentos sobre a perda da fertilidade pela exposição à radiação, cientistas reuniram um grupo de 67 prisioneiros de Oregon e 131 de Washington entre 1963 e 1973. Os detentos ficaram animados com a possibilidade de liberdade condicional e uma mesada de 5 dólares. Eles só precisavam ser expostos por 10 minutos a um Raio-X com 400 rads de radiação, o material usado para fazer 2.400 radiografias de tórax. Mas eles não foram avisados do verdadeiro risco. Eles também receberam 100 dólares para realizarem vasectomia após o procedimento.
4- Lago na Tunísia
Em meio a uma seca que devastava a Tunísia, um lago natural se formou e virou atração popular para todos que tentavam se livrar do calor. Os cientistas acreditam que um abalo sísmico criou uma rachadura na tabela de água e águas subterrâneas puderam emergir. Mas há outra questão preocupante para os cientistas. O lago pode estar totalmente contaminado por radiação ou com altos níveis de fosfato. As mudanças na cor da água, de azul turquesa para verde escuro, são indicadores da contaminação. Mas as pessoas não param de nadar no lago.
5- Césio 137
Em setembro de 1987, dois homens invadiram o que havia sobrado do Instituto Goiano de Radioterapia, um hospital em Goiânia-GO. Eles retiraram um equipamento de teleterapia do local e começaram a desmontá-lo afim de venderem as sucatas. Eles começaram a vomitar incessantemente, mas ignoraram os sintomas e continuaram. No dia seguinte, eles encontraram na máquina a cápsula contendo o césio 137, material radioativo usado na teleterapia. Perfuraram a cápsula usando chaves de fenda e tiveram contato direto com o material azul brilhante. Todos que tiveram contato com os homens ficaram doentes e 4 pessoas morreram.
6- Madame Curie
Marie Sklodowska Curie foi a polonesa que conduziu pesquisas pioneiras no ramo da radioatividade. Ela andava com pedaços de polônio, rádio e urânio nos bolsos. Depois de sua morte, em 1934, caminhões foram vistos retirando o ferro que ela usava para extrair seus isótopos radioativos em seu apartamento. Hoje, mesmo com 90% prédio destruído, o espaço continua sendo considerado uma mini Chernobyl.
7- Radithor
Eben Byers foi um médico falso que fundou um laboratório que distribuía uma água potável radioativa, a Radithor. Eben tomava Radithor para tratar uma lesão no braço em decorrência de uma queda. Ele vendia (e acreditava) que a Radithor tinha efeitos curativos, mas o produto era apenas água com gás radão dissolvido. Muitos não sofreram os efeitos mais nocivos da água porque viveram no máximo 4 dias. Eben viveu um pouco mais, ingeriu 1500 garrafas de Radithor e teve os dentes e a mandíbula desintegrados.