02
set
2014

Os 8 papas mais malvados da História

O papado é uma instituição antiga, que está encarregada de liderar e orientar a população católica mundial em suas vidas espirituais. Hoje, vemos o papa como uma figura cujo poder vem de sua capacidade de influenciar a direção do catolicismo e até do cristianismo como um todo, e, portanto, a opinião de mais de 2 bilhões de pessoas na Terra. O Papa – atualmente, o argentino Papa Francisco – exerce o poder de forma sábia através do simbolismo e da importância histórica do papado. No entanto, as coisas nem sempre foram assim.
Naturalmente, o poder atrai a corrupção, e os papas do passado não eram todos misericordiosos e humildes. Alguns papas ganharam o poder através da manipulação política, corrupção, assassinato…por mais que a igreja católica de hoje prefira fingir esquecer destes detalhes, a história da sede papal foi marcada por guerras e derramamento de sangue, o que contrasta muito com a posição política relativamente benigna do papa de hoje.
Francamente, os papas da História eram muito mais divertidos do que os de hoje, mas eles foram os mais sombrios, maquiavélicos e sádicos. Confira agora oito papas realmente malvados da História:
8. SÉRGIO III
Os 8 papas mais malvados da História
Não se sabe muito sobre Sérgio III, pois seu papado ocorreu bem no meio da Idade das Trevas. Ele ascendeu ao trono em 904 e governou por sete anos até 911, mas ele fez o suficiente para desenvolver uma reputação muito ruim. Ele teria orquestrado o assassinato de seu predecessor, Papa Leão V, e teve um filho com uma amante que iria crescer e acabaria se tornando o Papa João IX. Ele também participou como juiz do Sínodo do Cadáver – ao qual nós vamos entrar em breve – um julgamento póstumo do Papa Formoso que é facilmente o momento mais louco e doentio da história do papado. Ele veio de uma família de nobreza romana e exerceu o seu poder para fortalecer a classe nobre. Suas principais preocupações durante o seu reinado foram seu poder e sua vida sexual.

7. JÚLIO III
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O papado do Papa Júlio III começou em 1550 e teve uma duração relativamente breve, chegando ao fim após a sua morte em 1555. No início de seu breve reinado, Júlio parecia determinado a avançar com as reformas da igreja que ele considerava importante, mas ele rapidamente se cansou de assuntos papais e passou a maior parte de seu tempo relaxando e buscando prazeres simples – como sequestrar um adolescente na rua e torna-lo seu amante à força. Júlio III era tão apaixonado por esse menino, Innocenzo Ciocchi Del Monte, que ele acabou fazendo dele seu sobrinho adotado e o promoveu a cardeal, enquanto ele ainda era adolescente, elevando o conceito de “tio assustador” para um nível totalmente extremo que ainda não foi igualado na História. O escândalo de Innocenzo indignou tanto os outros cardeais que, com o tempo, essa relação tornou-se a característica definidora de todo o reinado papal de Júlio. Isso porque não ficou manchado só pelo fato do cara ter pedido a Michelangelo que decorasse seu palácio com esculturas de meninos fazendo sexo com o outro. Tenso.
6. PAULO III
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Paulo III foi, na realidade, antecessor imediato de Júlio III e seu reinado teve significativamente menos estupros de crianças, mas o que lhe faltava em questões de homoafetividade e pedofilia, ele compensava com crueldade geral e corrupção. Paulo III supostamente assassinou sua mãe e sua sobrinha para herdar a fortuna da família antes de se tornar Papa e rapidamente executou qualquer um que o incomodou, por estrangulamento e depois imolação. Por um lado, ele era categoricamente contra a escravização dos povos nativos do Novo Mundo, recém-descoberto. Mas por outro lado, sua mais famosa amante era sua filha Constanza Farnese. Ele também foi totalmente anti-corrupção na Igreja, provocando sanções cruéis para os membros que fossem pegos enchendo seus bolsos, mas Paulo também recebia um corte dos lucros de 45 mil prostitutas de Roma. Confesso que não esperava isso vindo do Papa…
5. PAPA URBANO II
Os 8 papas mais malvados da História
O Papa Urbano II tomou nenhuma criança como amante e pegava relativamente leve na questão corrupção em relação a alguns de seus contemporâneos, mas nada disso importa, já que ele é o principal responsável pela Primeira Cruzada, o primeiro de muitos conflitos entre o cristianismo e o islamismo cujas ramificações ainda ecoam hoje. Urbano II decretou: “Todos os que morrem pelo caminho, seja na terra ou no mar, ou na batalha contra os pagãos, terão remissão imediata dos pecados. Isso eu concedo-lhes através do poder de Deus a mim concedido”. Ao dar a cada assassino, estuprador e ladrão uma chance para entrar no reino de Deus, ele garantiu a criação de um exército que estaria pronto e disposto a invadir a terra santa. O Sumo Pontífice aparentemente tinha algumas habilidades tremendas de oratória, uma vez que ele conseguiu convencer todo o Concílio de Clermont para aprovar a Primeira Cruzada em 1095 com um discurso que terminou com a sala inteira a seus pés gritando “Deus o quer!”
4. BENTO IX
Os 8 papas mais malvados da História
Em 1032, Bento IX tornou-se o papa mais jovem a assumir a cadeira papal, com alguns relatos afirmando que ele tinha apenas 11 ou 12 anos de idade no momento da sua promoção para o papado, apesar de registros oficiais relatarem que ele estava perto de fazer 20 anos. Em vez de optar pelo papel de governante misericordioso, Bento IX deu um jeito de arranjar uma cópia dos livros da série Game of Thrones do futuro e aparentemente se espelhar em seu personagem favorito, Joffrey Baratheon. Em outras palavras, só quis dizer que ele era basicamente um canalha. Papas posteriores descreveram seu reinado de diversas formas. Papa Vitor III relatou: “Sua vida como papa foi tão vil, tão vil, tão execrável, que eu estremeço só de pensar nele”. Considerando a competição entre papas ruins, isso diz um pouco sobre Bento IX. Ele era anfitrião de orgias exclusivamente masculinas no palácio, e livremente estuprava homens, mulheres, crianças e animais. Bento IX também detém a distinção de ser o único papa a vender seu papado, do que ele mais tarde se arrependeu e pegou de volta à força. Mais tarde, ele abdicou do papado e foi excomungado, morrendo como um homem normal, porém ainda excessivamente rico.
3. PAPA ESTÊVÃO VI
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Estêvão VI não quis saber de reinar como seus contemporâneos pervertidos, violentos e corruptos. Mas o cara definitivamente sabia como guardar rancor. Quando ele subiu ao poder, Estêvão ordenou que os restos mortais de seu predecessor Papa Formoso fossem exumados para que o cadáver pudesse ser julgado por seus pecados. Sim, você leu isso corretamente. Esse episódio bizarro é conhecido como o Sínodo do Cadáver, e foi facilmente o evento mais estranho na história papal. Estêvão VI fez com que o cadáver de Formoso fosse sentado em seu trono, vestido da vestimenta e adereços papais, para que respondesse por seus “crimes”, que eram em sua maioria apenas decretos e ações das quais Estêvão havia discordado enquanto Formoso estava vivo. Quando o veredito de culpado foi decretado, o esqueleto foi decapitado e lançado no rio Tibre. Estêvão VI também anulou todos os decretos de Formoso, fazendo com que ele nunca tivesse governado. Esse episódio foi considerado tão absurdo que o próprio Estêvão VI foi estrangulado até a morte um mês após o julgamento. Mas pelo menos ele mostrou a Formoso quem é que mandava naquela bodega.
2. PAPA JOÃO XII
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Vários papas fizeram verdadeiras festas e orgias no Vaticano — o que é insano, considerando que oficialmente todos eles estavam no celibato — mas João XII provavelmente tinha mais libido do que qualquer outro Sumo Pontífice. Ele se tornou papa com apenas 18 anos de idade, e logo desenvolveu uma reputação de estuprador e de pervertido. Ele supostamente estuprava suas duas irmãs regularmente, além de ter ordenado um menino de 10 anos a se tornar bispo (por que não?), se recusado a fazer o sinal da cruz e ter invocado deuses pagãos enquanto apostava em jogos de azar. Ele também sentia um prazer inigualável ao “fazer amor” nos locais mais santos do Vaticano, como os túmulos de São Pedro e São Paulo. Quando ele não estava afim de fazer atividades libidinosas, ele gostava de passar o tempo arbitrariamente torturando e castrando cardeais. Seu reinado de 9 anos começou em 955 e terminou em 964, depois que ele foi assassinado por um marido ciumento que o pegou na cama com sua esposa.
1. PAPA ALEXANDRE VI
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Alexandre VI foi tão não-cristão que criaram um drama de televisão moderna inteiro dedicado a contar as histórias das palhaçadas dele e de sua família. Você pode conhecê-lo por seu nome de família: Rodrigo Borgia. Borgia era uma família de comerciantes ricos que efetivamente compraram o trono do papa para que Rodrigo se sentasse nele em 1492. Uma vez tornado papa, os bons tempos começaram a rolar para a família Borgia. Alexandre VI hospedou as orgias mais elaboradas que o Vaticano já tinha visto; coisas como 50 prostitutas amontoadas em uma única sala onde o papa e os membros de seu clero faziam o que queriam com elas. Ele atribuiu a alguns clérigos o dever de não participarem das orgias para que as observassem e fizessem o controle da quantidade de orgasmos que cada membro do clero alcançava, pois ele acreditava que virilidade era um sinal de força e ele não aceitaria homens “pouco férteis” em sua panelinha. Ele casava sua filha, Lucrécia, com comerciantes ricos e em seguida declarava o casamento nulo – ele era o papa, afinal de contas – e absorvia todo o dinheiro deles. Aliás, ele também estuprava sua filha, que por sua vez também era estuprada por seu irmão. Alexandre VI e sua família efetivamente roubaram a nobreza de Roma e mataram quem ousasse se opor contra eles. Seu papado de 11 anos chegou finalmente ao fim em 1503, quando um dos muitos assassinos contratados para matá-lo conseguiu terminar o serviço. Ele foi envenenado e morreu lentamente ao longo dos próximos dias, com 72 anos de idade.
Geraligado – Todo mundo ligado .
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